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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Você.

Sim, seus olhos são os olhos mais lindos que eu já vi. E seu sorriso... ah, seu sorriso! Esse faz o sol parecer sem brilho. Se diz por aí que a pior cegueira é aquela que acontece depois de se ver o mundo, as cores, as borboletas e as margaridas. De fato, deve ser triste viver sem se ver borboletas e margaridas, principalmente quando se sabe que tamanha beleza e simplicidade elas portam. Acho que o mesmo acontece comigo. A vida era mais fácil antes de eu ver seus olhos e seu sorriso, mas também era mais triste, mais sem cor... 
Mas se diz que nada é pra sempre e que a única certeza que a gente pode ter é que um dia tudo acaba. E minhas manhãs ensolaradas pelo seu sorriso parecem tão distantes agora... Sabe quando a gente cresce e percebe que a infância foi a melhor época das nossas vidas? E que a gente fica desejando que um gênio da lâmpada apareça e nos faça voltar ao passado só pra brincar de pique-esconde e amarelinha com os primos e os coleguinhas de escola outra vez? Então... Acho que você foi minha segunda infância. 
Se diz por aí que amar dói, mas eu bem discordo. Amar não dói. Amar faz nossos corações se encherem de tanta alegria que a gente tem a sensação que vai explodir. Na verdade, o coração é um órgão muito estranho. Como que dentro de um músculo, que se diz ser do tamanho da mão fechada, pode caber uma pessoa inteirinha? Ou até mais. Normalmente mais. Porque as avós sempre cabem no coração também. 
Na verdade, o amor não dói. É essa ausência, essa vontade de amar sem ter o que ou quem amar, essa vontade de um abraço e um beijo na testa, essa saudade que aperta o peito que doem. Não o amor. Mas tudo que vem com ele. 
E as pessoas sempre botam a culpa no coitado do amor... Mas a culpa é nossa, sabe?! É sempre nossa! Porque somos nós que não aproveitamos toda a beleza de um amor bem amado e a simplicidade das borboletas e das margaridas. 
É uma pena que as margaridas, as borboletas e os grandes amores durem tão pouco...



Gláucia Martini

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