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domingo, 29 de abril de 2012

Once upon a time...

A gente cresce acreditando que amor de verdade é pra sempre, que existe uma pessoa perfeita pra cada um de nós, que não importa quão cansado estejam nossos pés, bastará caminhar um pouquinho mais que nossos chinelos velhos estarão esperando na próxima esquina. Que príncipe encantado existe. 
E até pouco tempo atrás eu acreditava que em algum lugar do mundo encontraria uma versão moderna de um conto de fadas feito só pra mim, e com tudo que eu tenho direito: príncipe encantado, luta pelo amor incondicional, bruxas más que são sempre derrotadas pelo "true love" e, lógico, o "felizes para sempre". 
Mas meu príncipe encantado ainda não deu as caras, o amor incondicional funciona com algumas condições, as bruxas más continuam a aparecer e a fazer suas cretinagens e o "felizes para sempre", bom, esse a gente só vê quando já passou, e nunca é pra sempre. 
A verdade é que eu já encontrei tantos sapos, beijei alguns, mas nenhum virou meu príncipe. Pra alguns deles eu deixei meu sapatinho de cristal, mas nenhum foi cuidadoso o suficiente e, no final das contas, fiquei eu com o sapatinho e o coração partidos. Os cavalos brancos  só servem pra puxar carroça e as fadas madrinhas, bom, essas me levavam pra tomar cerveja no bar mais próximo acompanhadas do discurso "você merece coisa melhor". E não em uma carruagem. 
E de tanto procurar e não achar, começo a acreditar que tudo isso é só mais uma história da carochinha... 
Gláucia Martini

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